Cirurgia de cálculo renal: entenda quando ela é necessária
A litíase renal, conhecida popularmente como pedra no rim, é uma das situações mais comuns no dia a dia dos consultórios de urologia e nefrologia de todo o planeta. Descrita como uma dor intensa, esse quadro tem na cirurgia de cálculo renal uma de suas possíveis soluções. Mas você sabe ao certo quando a operação é realmente necessária?
O fato é que existe uma série de diferentes abordagens eficazes para solucionar esse doloroso problema. A maiorias delas tem a capacidade de afastar a imperatividade de realizar um procedimento cirúrgico. Quer descobrir quais são esses tratamentos? Então, confira o conteúdo a seguir que preparamos sobre esse tema.
O que é cálculo renal?
Antes de falar sobre a necessidade da cirurgia de cálculo renal, é muito importante compreender o que é, efetivamente, esse tipo de cálculo que se forma nos rins das pessoas. Na realidade, trata-se de um ou mais cristais que se formam a partir de sais minerais que são comuns no organismo humano.
Na grande maioria das vezes, eles são muito pequenos e passam despercebidos. Nestas situações acabam sendo eliminados espontaneamente pela urina sem nenhum tipo de sintoma. No entanto, quando um cálculo atinge tamanho mais significativo, ele pode causar dores na parte inferior do abdome e até o bloqueio de canal ureteral e uretral.
É uma patologia muito comum na prática urológica, sendo mais frequente em homens do que em mulheres, especialmente na faixa entre 30 e 50 anos de idade, além de manter forte relação com a prática de algumas atividades laborais, a realização ou não de atividades físicas e a dieta alimentar.
Quais são as causas do cálculo renal?
A formação do cálculo renal é uma patologia com origem multifatorial, ou seja, decorre da presença de várias causas diferentes. As pedras surgem do acúmulo de cristais no sistema urinário. Estes compostos podem ser formados de ácido úrico, cistina, oxalato de cálcio, entre outros. Essas substâncias vão se aglomerando, formando as indesejáveis pedras.
Em linhas gerais, quanto maior for o cálculo, mais difícil será a sua eliminação. No entanto, mesmo as pedras pequenas podem ser bastante incômodas, sobretudo quando mal posicionadas anatomicamente. Por isso, tomar algumas atitudes simples para se prevenir desse problema é uma excelente ideia.
Um dos fatores mais relacionados com o surgimento da litíase renal é o consumo insuficiente de líquidos. Por isso, ingerir pelo menos dois litros de água por dia, de preferência pura, é essencial. Sucos e outras bebidas também podem ajudar na função do órgão e na hidratação, além de contribuir para a eliminação de toxinas.
Também é mais comum que o problema surja nos meses de verão ou em países com clima mais quente. Isso ocorre por causa da desidratação que pode trazer a perda de líquidos pelo suor em função do calor excessivo. Dietas com quantidade grande de sódio também podem aumentar a formação de cristais em pessoas suscetíveis.
Situações especificas
Histórico familiar, distúrbios metabólicos e endócrinos também fazem parte da etiologia, sobretudo os que aumentam a quantidade de cálcio e oxalato na urina. Outras causas são medicações e quadros de urina estagnada resultantes de algum bloqueio do aparelho urinário.
Embora a medicina já tenha aprendido bastante sobre as circunstâncias que predispõem ao surgimento da calculose, alguns dos seus mecanismos ainda permanecem obscuros. Pouco se sabe por que o problema ocorre em alguns indivíduos e não em outros com as mesmas condições predisponentes.
Quais são os tratamentos do cálculo renal -cirurgia de cálculo renal é necessária?
Uma vez que uma pessoa tenha o diagnóstico de pedra nos rins, é comum que ela ache que a cirurgia de cálculo renal seja a única solução para o problema. No entanto, isso é uma grande inverdade, visto que os cristais menores podem ser autorresolutivos com eliminação espontânea ou podem ser apenas acompanhados.
Em caso de cálculos assint
omáticos, sem indicação de abordagem operatória, a conduta mais comum é fazer o monitoramento por meio de exames de imagem para avaliar se os cálculos estão crescendo, se estão se deslocando ou se apresentam estabilidade.
Já os pacientes com fatores de risco têm a indicação de avaliação mais criteriosa. Nestes casos a análise cristalográfica ou metabólica para a proposição de estratégia de dieta e medicação para prevenir a progressão do problema.
Fatores de risco
- pacientes com múltiplos cálculos,
- histórico familiar da doença,
- idade fora do padrão entre 30 e 50 anos e
- com mais de um diagnóstico de litíase renal em um intervalo curto
Para pacientes sintomáticos ou com pedras maiores, as modalidades de tratamento podem ir desde o uso de medicações que auxiliam a expulsão (tratamento expulsivo clínico) até o uso de aparelhos que fragmentam os cálculos (ondas de choque) ou tratamentos cirúrgicos (operação endoscópica ou, em alguns casos específicos, a cirurgia aberta).
Os procedimentos mais utilizados hoje são as técnicas endoscópicas. A principal é batizada de ureteronefrolitotripsia. Nesta técnica uma fibra de laser é introduzida na uretra e, a partir dali, faz a fragmentação dos cristais. Nessa técnica, o cálculo pode ser retirado após a fragmentação ou pulverizado.
O urologista é essencial no tratamento do cálculo renal?
Diante de tudo o que vimos e aprendemos acima sobre esse tema tão relevante, não fica difícil perceber que o papel do médico especialista é de crucial importância. Desde o momento do diagnóstico até a conduta a ser escolhida para melhor abordagem desse problema de saúde.
É justamente o acompanhamento de um bom urologista que possibilitará a avaliação adequada. Do tamanho do cálculo, da origem do que pode estar causando o distúrbio e da situação atual do paciente. Somente com uma boa análise e os exames adequados é possível dizer qual é o melhor tratamento ou procedimento para o cálculo renal.
E agora, já aprendeu bastante sobre as pedras nos rins e sobre quando a cirurgia de cálculo renal pode ser necessária? Teve todas as suas dúvidas respondidas? Então, que tal aprender um pouco mais sobre esse tema conferindo um outro artigo do blog sobre os tratamentos para o cálculo renal?