Biópsia prostática de mapeamento se refere ao tipo mais sensível de biopsia para diagnostico de câncer de próstata. O termo biópsia se refere ao procedimento de retirada de material para estudo no microscópio, mais conhecido como histopatológico. Existem varias formas de biópsia de próstata.
Podemos divida-las quanto:
Biópsia próstatica – via de acesso:
Transuretral – nesta via os pedaços da próstata são retirados através de exame ou procedimento endoscópico. Normalmente são realizadas em procedimentos para tratamento de aumento benigno da próstata, retirando apenas o tecido que envolve a uretra. A capacidade de detecção de câncer é bastante limitada, uma vez que o câncer normalmente fica nas áreas mais periféricas da glândula.
Transretal – Atualmente este é acesso mais utilizado. Neste procedimento, o médico introduz um transdutor de ultrassonografia através dos anus para realizar imagem da próstata. A agulha de biópsia é introduzida paralela a este transdutor de forma a retirar fragmentos da próstata. Neste acesso a agulha tem contato com conteúdo do fecal situado no reto.
Transperineal – Este acesso tem ganhado muita atenção recentemente devido a possibilidade de evitar o contato da agulha com o conteúdo fecal. O procedimento consiste em utilizar um transdutor biplanar, também por via retal mas que permite visualizar o trajeto de agulha que é introduzida através da pele na região do períneo.
Biópsia próstatica – estratégia de amostragem da próstata:
Biópsia randômica ou sistemática
Biópsias randômicas mais utilizadas são denominadas sextantes. Neste tipo de biopsia divide-se a próstata em 6 regiões e realizam-se 2 biopsias de cada região.
- Ápice direto e esquerdo (2 fragmentos de cada)
- Terço médio direito e esquerdo (2 fragmentos de cada)
- Base direita e esquerda (2 fragmentos de cada)
Como a advento da via perineal novas regiões podem ser utilizadas.
- Ápice anterior direito e esquerdo
- Ápice posterior direito e esquerdo
- Base anterior direita e esquerda
- Base posterior direita e esquerda
- Terço médio posterior direito e esquerdo
- Terço médio lateral direito e esquerdo
Biópsia por fusão de imagem
A evolução de ressonância nuclear magnética fez com que nós consigamos identificar os tumores prostáticos com mais facilidade. No entanto, realizar a biópsia dentro da ressonância é muito complexo porque o paciente tem que ficar imóvel. Além disso, o campo magnético não permite uso de metal no ambiente da ressonância.
Para superar este problema, a indústria de imagem criou programas que são capazes equiparar imagens de ressonância as de ultrassonografia. Desta maneira, é possível através da fusão de imagem, realizar uma ultrassonografia e identificar na imagem do ultrassom áreas suspeitas identificadas na ressonância. Com isso, atualmente, nós somos capazes de biopsiar lesões suspeitas, usando estes programas.
Este tipo de biópsia prostática pode ser realizado por via transperineal ou transretal, com anestesia local e sedação.
Biópsia prostática de mapeamento
A biópsia prostática de mapeamento é um tipo mais abrangente. Existem várias técnicas descritas, mas todas são realizadas através do períneo com um gride para guiar a localização das agulhas. Como são necessárias varias punções o paciente deve ser anestesiado.
A quantidade de material vai depender do protocolo utilizado. Alguns advogam a retirada de 24 fragmentos, no entanto devido a variabilidade do tamanho da próstata podem ser necessários mais de 24 fragmentos ou biopsias a cada 5 mm contados no gride. Outros utilizam uma relação ao tamanho da próstata quando se retira um fragmento para cada cm3 de glândula.
O ponto central desta técnica e retirar material para realizar amostragem de toda a glândula. É por isso, que a biópsia de mapeamento é considerada a modalidade mais sensível de biopsia.
Quando Realizar biópsia prostática de mapeamento?
A maior parte dos tipos de biópsias prostática mencionados acima podem ser realizados com anestesista local e sedação. No nosso meio, com frequência, são realizados em clínicas de imagem e centro médicos.
Apesar de ser mais sensível a biópsia de mapeamento necessita de anestesia para sua realização. Isso faz com que não seja aplicável em todos os casos. Além, disso com a introdução das técnicas de fusão de imagem, a acurácia dos exames sob sedação se aproximaram ainda mais.
Hoje, indicamos mapeamento prostático para:
- pacientes com psa elevado e biópsia negativa prévia,
- antes de iniciar protocolo de vigilancia ativa,
- antes e após tratamento focal de tumores prostáticos.
Entre em contato e saiba mais sobre avaliação pré-biópsia.