Tipos de biópsia próstata é um título bastante abstrato. Para entender melhor o que significa primeiro precisamos entender o que é uma biópsia prostática e para quê serve.
A biópsia de próstata consiste da retirada de fragmentos da glândula próstata para análise no microscópio. O fragmentos retirados são analisados para verificar a presença de câncer de próstata por um médico patologista. A principal situação onde a biópsia prostática está indicada é na suspeita de tumores prismáticos. No passado a suspeita de câncer de prostata acontecia principalmente por conta da elevação da dosagem de psa no sangue. Um número menor de casos era diagnosticado através de nódulo identificado no exame de toque retal.
Atualmente, a evolução nos exames de imagem possibilitou a utilização da ressonância nuclear magnética na detecção destes tumores. Isso é importante para entender a evolução das biópsias de próstata.
Histórico- biópsia prostática
No passado o diagnóstico de câncer de próstata era realizado em casos muito avançados onde a perspectiva de cura era distante. Os diagnósticos eram feitos pelo toque de uma glândula prostática endurecida e a simples retirada de fragmento, seja por via perineal ou retal era suficiente. Com a evolução do rastreamento, a elevação do psa no sangue passou a ser o principal indicador da presença dos tumores prismáticos. Na maioria dos casos, estes tumores são tão pequenos que não são percebidos no exame de toque retal.
Isso passou a ser um problema, pois apesar de saber do risco de uma lesão inicial, não sabíamos aonde ela poderia estar. Foi nesse momento que surgiu a biópsia randômica, ou sistemática. Após anos de estudos, chegou-se a recomendação de se dividir a próstata em 6 regiões e retirar fragmentos aleatoriamente destas regiões guiado por ultrassonografia transretal. Chamamos este tipo de biópsia de sextante.
A biópsia sextante tem algumas limitações. Primeiro, quando negativa, não dá garantia de que não haja tumor na próstata, uma vez que o material pode ter errado o alvo. Segundo, quando atinge o alvo pode nao atingir a área de tumor mais significativa passando informações erradas acerca do tipo e grau do tumor.
Evolução da Ressonância – biópsia prostática
Com o desenvolvimento da ressonância multiparamétrica da próstata, passou-se a identificar com precisão áreas suspeitas na glândula prostática. Desta maneira, em pacientes com psa elevado podemos identificar a região da próstata onde existe a probabilidade do tumor estar presente.
O problema agora passou a ser outro. A ressonância utliza campo magnético e necessita que paciente permaneça imóvel por período prolongado dentro do tubo. Isso tornou a biópsia realizada na ressonância muito difícil.
Fusão de imagem – biópsia prostática
Para resolver este problema foi criado uma forma de migrar a imagem da ressonância para dentro de um aparelho de ultrassonografia. A este processo damos o nome de fusão de imagem. Na prática, fazemos com que a imagem no aparelho de ultrassom se funda com a da ressonância de forma que possamos realizar a biópsia prostática da região suspeita por ultrassonografia.
Tipos de bióspsia
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Transretal
A biopsia transretal era a padrão em nosso meio até hoje. Como funciona?
Normalmente é realizada em ambiente ambulatorial, ou seja em consultório. Pode ser feita com ou sem anestesia/sedação. Neste tipo de biópsia um probe de ultrassom é introduzido pelo anus para avaliar a próstata. Quando realizado por fusão os computador permite que esta imagem de ultrassom mostre exatamente a mesma imagem da ressonância.
Neste tipo de biópsia, a agulha é introduzida paralelamente ao probe ultrassom através do anus, passando pelo ambiente fecal ate atingir a próstata. Desta maneira os fragmentos são retirados por via retal.
Durante muito tempo este foi o método de escolha, porém recentemente elevação na taxa de infecção tem levado os urologistas a buscar alternativas para a biopsia.
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Transperineal
A via transperineal passou a ser utilizada recentemente com o aumento das taxas de infeção relacionadas a via transretal. Ocorre que a biópsia realizada pelo anus permite que bacterias presentes nas fezes fiquem aderidas na agulha de biópsia e penetrem na próstata causando infecção.
No passado, o tratamento preventivo com antibióticos era suficiente para impedir a grande maioria das infecções, no entanto com o aumento da resistência a antibióticos o número de infecções passou a crescer. A via transperineal consiste da introdução de agulha de biópsia através da pele da região entre a bolsa escrotal e o anus.
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